Lição 9 = Penúltima lição sobre Liderança

VIII - SUBMISSÃO X OBEDIÊNCIA

Qual é a diferença entre submissão e obediência? Submissão é uma atitude interior; obediência é uma ação exterior. Submissão é absoluta; obediência é relativa. Submissão é incondicional; obediência é condicional. Devemos ser submissos e obedientes aos nossos líderes. Não adianta obedecermos externamente quando estamos cheios de críticas internamente, cheio de ressentimentos e rebeldia. As duas coisas devem andar juntas: nós devemos ser submissos de coração e obedecer em amor, quando formos solicitados à ação.

No que diz respeito à autoridade delegada, humana, nós não podemos obedecer cegamente a quem quer que seja. Não podemos obedecer a nossos líderes quando eles nos mandam fazer aquilo que viola a vontade de Deus; pois a autoridade de Deus é superior à autoridade de qualquer líder humano.

No entanto, nós podemos desobedecer e ao mesmo tempo permanecer submissos. Isto é, alguém pode desobedecer a uma autoridade terrena enquanto mantêm um espírito de humilde sujeição, respeito, e reverência, ao invés de expressar um espírito de rebelião, insulto e subversão (1 Timóteo 2.1-2; 2 Pedro 2.10; Judas 8). Daniel e seus amigos exemplificam isto (Daniel 3.17-18; 6.8-10). Os apóstolos também (Atos 4.18-20; 5.27-29).

Quando podemos mostrar pela Palavra de Deus que uma dada exigência de um líder é errada, nós temos a obrigação de continuarmos submissos (não se rebelar, não insultar o líder, não falar mal dele para outros, etc.), ainda que não obedeçamos às suas ordens ou que decidamos seguir outro rumo. Por outro lado, um líder deve ser obedecido sempre que ele estiver em submissão à Cristo e Sua Palavra.

Quando ele fala ou age por Deus, rebelar-se contra sua autoridade é rebelar-se contra Cristo. Rejeitar as palavras de um líder quando este expressa os pensamentos de Deus, é rejeitar a autoridade de Deus. Isto sim é pecado de rebeldia.

v O Líder deve liderar pelo exemplo (João 13.12-15; At 1.1).

v Antes de ensinar ou de fazer qualquer coisa, Jesus primeiramente mostrou o que e como fazer. Ele primeiro estabeleceu o exemplo; depois sob as suas vistas, ensinou como os discípulos poderiam praticar. Como líderes, somos chamados primeiramente para estabelecer o exemplo.

v Todo ensinamento deve ser fruto do que temos vivido, e não do que pretendemos viver.

v O líder dever ter aprovação divina diante dos homens (Atos 2.22). Jesus foi aprovado por Deus diante dos homens. Isto significa que Deus agiu através Dele confirmando Seu chamado e unção.

v A unção de Deus sobre nossas vidas deve ser visível diante dos homens, através de palavras e de obras de amor, misericórdia, ajuda, cura, libertação, conselho, etc.

v O líder deve obter o direito (a autoridade) de liderar.  Observe Mateus no segundo capitulo verso 6 registra uma profecia sobre o Messias. Ali diz que de Belém de Judá viria “o líder que, como pastor, conduzirá Israel, o meu povo” Não somos nós e sim o Messias que é o líder. A palavra grega para “líder”, aqui neste texto, é hegeomai – significa: “aquele que governa ou comanda com autoridade oficial”. Por ser o enviado de Deus, Jesus tinha autoridade oficial para liderar o povo de Deus. Uma medida desta autoridade é confiada a homens e mulheres que, tendo sido chamados por Deus, recebem o direito de liderar. Sem esta autoridade, a pessoa se torna um usurpador e não um líder bíblico.

v O líder deve ter unção para liderar (Lucas 4.18). Jesus recebera a unção do Espírito e podia ministrar com poder. Ele era um líder verdadeiramente ungido, um líder sobre quem repousava o Espírito de Deus. Jesus também derrama do Seu Espírito sobre aqueles a quem Ele chamou à liderança. Sem a unção do Espírito nós temos a fumaça que faz os olhos chorarem (emocionalismo, manipulação, psicologia humanista, etc,.), mas não teremos o fogo que purifica e transforma vidas.

v O líder deve liderar pelo ensino (Mateus 5.1-2). Assim como o líder deve liderar pelo exemplo, ele também deve liderar pelo ensino bíblico. O ensino bíblico guia ou lidera as pessoas na vontade de Deus. O verdadeiro líder é aquele que guia pelo seu exemplo de vida e principalmente que ensina as palavras de Deus, ao invés das suas próprias idéias.

v O líder correr o risco de ser mal-interpretado, se Deus o dirigir a agir de uma certa maneira, confirme isto na passagem de Marcos 2.15-17. Por comer e beber com publicanos e “pecadores”, a ação de Jesus foi mal-interpretada. Ao invés de irritar-se com isto ou mudar seu comportamento, Jesus continuou fazendo aquilo que era a vontade de Deus. Ele não comia com os pecadores por ser glutão. Ele não bebia com os publicanos por ser um beberrão. Muito pelo contrário! Ele estava com eles para mostrar-lhes que eles poderiam ser como Ele. A atitude de Jesus neste texto de Marcos, ensina-nos que o verdadeiro líder deve estar preparado para correr o risco de que suas palavras e ações serem mal-interpretadas pelos outros. Se o que estamos falando e fazendo está dentro da vontade de Deus, então vale a pena continuar.
v O líder deve envolver-se com os pecadores sem deixar-se envolver pelos seus pecados. (Marcos 2.15-17) Jesus estava freqüentemente com os “pecadores”, os publicanos e as meretrizes – a ralé da sociedade. Porém, Ele jamais se tornou um deles; e sim fez de inúmeros deles pessoas justificadas diante do Pai dele.
 v  Jesus nunca pecou, nunca se envolveu com prostituição ou adultério, apesar de ser amigo de pessoas com tais índoles. Isto nos ensina contundentemente que nós não precisamos nos tornar moralmente como as pessoas que desejamos alcançar. Como líder, devo identificar-me culturalmente com as pessoas que eu evangelizo, sem comprometer minha vida com Deus.