Outra parte importante do ministério de Jesus foi o discipulado. Com Ele nós aprenderemos bastante sobre como fazer discípulos.
A palavra grega “mathetes”, traduzida como discípulo, aparece cerca de 268 vezes no NT. Ela deve ter alguma importância para Deus, não acha?! Mas, o que é um discípulo? Numa breve declaração, podemos dizer que um discípulo é alguém que...
• Ouve os ensinamentos de um mestre
• Aceita os ensinamentos dele
• Pratica tais ensinamentos
• Transmite esses ensinamentos aos outros ... Fazendo isto, o discípulo se torna igual ao seu mestre (Mateus 10.25).
A – TRÊS PONTOS BÁSICOS SOBRE O DISCIPULADO
v Primeiro lugar, o discipulado de Jesus tem um preço e esse preço é simplesmente tudo! (Luc 9.23; 14.26, 27,33). Se você quer ser um discípulo de Jesus, você deve entregar-se a si mesmo e tudo a Ele.
v Segundo lugar, você precisa entender que o alvo do discipulado é tornar-se igual ao Mestre (Mateus 10.25). Se este não é o seu objetivo, talvez seja melhor pensar de novo em tornar-se um discípulo!
v Eu sugiria que você procurasse saber de fato quais as vantagens e as desvantagens de ser ou não ser discípulo. O galardão em si não tem comparação. Com toda certeza Deus nos mostra em sua Palavra que vale a pena segui-lo e ser seu discípulo.
v Terceiro lugar, a recompensa do discipulado nem sempre é da maneira como esperamos (Mateus 19.27-29). Deus tem propósitos específicos para cada um e estes propósitos são determinados pela Sua sabedoria e não pelo que desejamos.
B – COMO JESUS FEZ DISCÍPULOS
v Jesus tornou-se íntimo deles, um amigo (João 15.13-14). Ele compartilhou sua vida, seu plano e mensagem, sua comida, seu sono, suas orações, sua pregação, ensino, experiências de libertação e cura e etc.
v Ele investiu Seu tempo e recursos naqueles que tinham verdadeiro interesse. Ele proclama: “Se alguém quiser vir...” (Lc 9.23). Ele apelou à espontaneidade, voluntariedade das pessoas. Ele jamais pressionou ninguém a segui-lo. Porém, era claro quanto às exigências de Sua mensagem: “Quem não é por mim é contra mim” - tudo ou nada. “Quem tem sede, venha e beba” - pra desfrutar é preciso seguir.
v Jesus dava tarefas práticas aos discípulos (Mc 6.12-13; 14.16). Não existe discipulado se a prática do aprendizado. Muitos chamam de discipulado um curso de algumas semanas que apenas traz informações à mente, mas que não produz nenhuma transformação real na vida das pessoas. Para que haja essa transformação, é preciso levar os discípulos a praticar o que foi ensinado.
C – O QUE JESUS ENSINOU AOS DISCÍPULOS
Jesus ensinou sobre muitas coisas, mas nós podemos resumir Seus ensinamentos nas seguintes áreas:
v Jesus ensinou sobre Si mesmo como sendo o único e suficiente meio de Salvação e a provisão completa daquele que Nele crê – João 14.6; 10.10; 6.57.
v Jesus ensinou os princípios de vida/conduta daqueles que fazem parte do Seu reino - Mateus 5, 6, 7.
v Jesus ensinou sobre a comunhão com Deus através da oração e da obediência à Palavra de Deus - Luc 11.1-4; Mateus 7.24-27. João 17.
v Jesus ensinou como realizar a obra de Deus - Mateus 9.35-39; João 4.34-35; Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-18; Lucas 24.47-49; Atos 1.8. Se quisermos fazer discípulos como Jesus fez, nós devemos usar os mesmos princípios e ensinar as mesmas coisas que Ele ensinou. É interessante notar que Jesus mandou-nos fazer discípulos ensinando-os a “guardar” ou praticar o que Ele ordenou. Uma parte importante do discipulado é ensinar os discípulos a obedecer aos ensinamentos de Jesus. O Mestre deu cerca de 40 mandamentos diretos aos Seus discípulos:
Ele ordenou...
v O Arrependimento e a
v fé para receber o Espírito Santo e entrar no Reino de Deus;
v O batismo nas águas,
v Orar
v Obediência a sua Palavra e a Deus
v O partir do pão (Ceia), Dar, Amar
v Fazer discípulos - Se você ensinar aos seus discípulos estas coisas, você os ensinará a viver uma vida cristã vitoriosa
Também é interessante observar o método de ensino de Jesus enquanto discipulava os Seus discípulos:
o Ele confrontava e repreendia - Luc 9.54-55; Mat. 16.13-15; Jo 6.66-67.
o Ele fazia perguntas para ver se e quanto os discípulos tinham compreendido a mensagem - Mt 13.51; 15.15-16; 16.5-11.
o Ele ensinava por comparação - Mateus 5, 6, 7.
o Ele usou constantemente o princípio de paralelos naturais para explicar verdades espirituais e morais:
o Natureza: sol, luz, chuva, lírios, rocha, rios, ventos, pedra...
o Animais: cães, porcos, peixe, ovelhas, lobos, traças, aves..
o Árvores/plantas/frutos: uvas, figos, espinheiros, abrolhos, trigo, joio...
o Profissões/Ocupações: pescadores, senhores e servos, colheita, salário...
o Alimentos/Comidas/Condimentos: pão, peixes, vinho, sal, cominho..
o Corpo humano: mão, olho, coração...
o Outras coisas: candeia, trombeta, lâmpada, trave, cidades, a história e cultura religiosa do povo, prisão, ladrões, porta, caminho, etc.
A questão da cura divina não é uma questão de teorias e técnicas humanas. Também não é um assunto para ser dissecado pelo crítico e incrédulo bisturi teológico. Jesus curou e ordenou que fizéssemos as mesmas obras que Ele fez – não é preciso mais discutir sobre a validade e necessidade da cura nos dias de hoje.
A experiência neste campo pode ser muito útil; contudo, o exemplo de Jesus está acima de nossa experiência pessoal, pois o nosso objetivo agora nesta matéria é aprender a ministrar como Ele ministrou.
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