IV – O ALVO DO CRISTÃO
Como cristãos, nós somos pessoas que possuem objetivos espirituais,
alvos dignos de serem abençoados. Antes, porém, de considerarmos os nossos
objetivos dentro da vontade específica de Deus para nossas vidas, precisamos
considerar o alvo de Deus para todos os crentes, a saber:
Que alcancemos a perfeição (Filipenses 3.12,14),
Conquistando aquilo para o qual fomos conquistados (Filipenses 3.12),
Esquecendo as coisas que ficam para trás (Filipenses 3.13).
Nosso alvo é a perfeição em Cristo! Isto não acontecerá da noite para o
dia, mas sabemos que aquele que começou a obra irá concluí-la (Fl 1.6). Sim,
esta obra de Deus será concluída até a volta de Jesus.
A Bíblia compara a vida cristã com uma corrida (Hebreus 12.1-3) e nos
ensina como ganhá-la:
Desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que nos assedia;
Correndo com perseverança;
Olhando firmemente para Cristo, o autor e consumador da fé.
A Bíblia declara que Aquele que começou a obra em nós irá completá-la
até a volta de Cristo (Filipenses 1.6). “Até” significa que naquele dia já deveremos
estar prontos e não que aquele dia irá nos transformar por mágica. A volta de
Cristo apenas concluirá o processo ao invés de realizá-lo todo de uma vez num
só momento.
2 Pedro 1.3-4 nos ensina que Deus já providenciou todos os recursos
para estarmos prontos naquele dia. Temos o Espírito Santo, os ministérios, a
Palavra, a oração, o corpo de Cristo e todas as coisas necessárias para sermos
aperfeiçoados. E agora? Iremos esperar que o dia nos pegue de surpresa ou
estaremos preparados? Iremos cooperar com o Senhor ou vamos atrasar Seu
propósito em nós? Chegaremos lá em glória ou “salvos como pelo fogo”
A oração é a respiração do crente, assim como a Bíblia é o seu
alimento. Cristo sempre esperou que nós orássemos e até deixou claros incentivos
para nós. Quando oramos nós estamos nos comunicando com Deus. Portanto, nós
devemos sempre orar para que a nossa comunhão com Deus continue sempre renovada
e íntima.
Há muitas razões para nós orarmos, mas citaremos apenas três:
Porque é um dever ensinado por Cristo (Lucas 18.1);
Porque Cristo esperava que Seus discípulos orassem (Lucas 11.2);
Porque Jesus incentivou a oração - João 16.24.
De acordo com Isaías 56.7 e Mateus 21.13, a Igreja deve ser conhecida
como "casa de oração" para todas as nações. O Senhor, aqui nestes
textos, escolheu a oração como a marca distintiva de Sua casa (Seu povo) para
todas nações. Isto porque a oração envolve louvor e adoração, bem como a própria
Palavra de Deus, além de ser motivada pelo amor.
Agora pense bem: se a igreja deveria ser conhecida como “casa de
oração”, que valor ela deverá dar à oração? Quanto tempo nós, que somos pedras
vivas edificadas na casa do Senhor, devemos dedicar à oração, para que, então,
sejamos conhecidos desta maneira?
Em tudo Jesus é o nosso modelo. Quanto à oração, ele nos deixou
exemplos bem claros que Ele não somente orava, mas fazia da oração um estilo de
vida. A sua primeira oração registrada na Bíblia foi por ocasião de Seu batismo
(Lucas 3.21). Depois, vemos que a oração tornou-se um hábito constante na vida
do Senhor Jesus, pois Ele orava constantemente em lugares desertos (Lucas
5.15,16) e de manhã bem cedo (Mc 1.35), entre os Seus muitos exemplos bíblicos.
Nós sabemos que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11.6).
Portanto, a fé é um elemento essencial da oração. Precisamos ter fé para
recebermos algo do Senhor (Tiago 1.6-8). Quando orarmos, devemos crer que já
recebemos (Marcos 11.24).
Agora iremos listar 10 obstáculos que impedem a oração do crente:
Pedir mal, com egoísmo (Tiago 4.3);
Orar com hipocrisia, para ser visto pelos homens (Mateus 6.5-8);
Soberba (Salmos 138.6);
Pecados (Isaías 59.1-3);
Falta de perdão, relacionamentos quebrados (Mateus 5.23,24);
Amargura (Hebreus 12.15-17);
Ídolos no coração (Ezequiel 14.3);
Falta de misericórdia (Provérbios 21.13);
Inconstância e falta de fé (Tiago 1.5-7);
Relacionamento conjugal quebrado (1 Pedro 3.7).
Veja se há estes obstáculos em sua vida e trate de removê-los, se você
deseja uma vida de oração eficaz e produtiva.
A Bíblia enfatiza com grande força a importância da perseverança (Lc
11.5-8). Devemos orar até recebermos a resposta de Deus, seja ela “sim”, “não”
ou “espere”.
Nós também podemos contar com um amigo que nos ajuda na oração - o
Espírito Santo (Romanos 8.26-27). Em 1 Timóteo 2.1-2 nós lemos de maneira clara
acerca de quem deve ser o alvo de nossas orações. Assim, com a ajuda do
Espírito e tomando como ponto de partida 1 Timóteo 2.1-2, nós podemos orar com
grande proveito.
Nós também precisamos aprender a relação entre a oração e a
concordância de dois ou três reunidos em nome de Jesus (Mateus 18.19-20).
Quando concordamos em oração com outros irmãos a respeito de qualquer coisa que
precisamos, o Senhor nos ouve e atende. Então, precisamos praticar isto com mais
seriedade.
Sempre que oramos de acordo com Sua vontade podemos ter certeza de que
Ele nos ouve, pois Seus ouvidos estão atentos àqueles que o invocam (Salmos
18.6).
A Bíblia faz uma separação entre “espírito” (minúsculo) e “Espírito”
(maiúsculo). A primeira palavra se refere ao espírito humano; a segunda se
refere ao Espírito de Deus. Nós também encontramos que, em relação à oração, a
Bíblia fala de orar no “espírito” e orar no “Espírito” Santo
Quando somos inspirados a orar de um modo incomum, nós oramos no
Espírito Santo (Judas 20; Efésios 6.18). Orar no Espírito é orar segundo os
pensamentos, sentimentos e intenções de Deus, guiados ou dirigidos pelo
Espírito Santo, sob a influência Dele.
Quando oramos numa língua “estrangeira”, ou seja, um outro idioma que
não o nosso e que nunca aprendemos, quem ora é o nosso próprio espírito, o
nosso homem interior (1 Coríntios 14.14), ainda que capacitado pelo Espírito
Santo de Deus.
Aqui não há lugar para qualquer tipo de preferência. Não temos aqui uma
questão do tipo “orar em espírito ou no Espírito?” Nós devemos exercitar estes
dois tipos de oração, pois estes dois tipos de oração operam de um modo
sobrenatural, num nível de comunhão, adoração e intercessão bem mais elevado do
que a oração comum.
Para orarmos em espírito, ou seja, em línguas, nós devemos buscar e
receber o dom de línguas, que é uma das nove manifestações sobrenaturais
descritas em 1 Coríntios 12.8-10. Quanto à orar no Espírito Santo, nós devemos
nos “inclinar” ao Espírito Santo (Rm 8.5) para, então, podermos desfrutar das
coisas do Espírito. “Se inclinar” é buscar ardentemente, o que nos leva para a
necessidade de gastarmos tempo com oração e jejum.
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